QUANDO AMEI
Eu que não sou saudosista tenho
saudades de te sentir,
quando, nas minhas noites escuras,
só sombras advindas do breu,
me vêm atormentar,
com a falta de tua presença…
Presença que está em tudo que é
vida em mim, e me sabe por eu me
saber, sem me saber
no entanto, pois que eu de mim
me retiro, quando a mágoa
me tolhe os olhos e eu adormeço.
É um sono sem ter sono, é mais
uma dor na alma, corpo vazio, que
não escolhe os momentos
de uma solidão insana, quando o
teu cheiro me invade os sentidos,
e eu passeio a sós pelo quarto.
É um cheiro tão intenso, feminino,
este que assenhora de mim,
que eu enlouqueço de ternura
para te dar, e, de mim, me esqueço,
pois não sei mais quem sou,
porque te espero… e tu não vens.
Jorge Humberto
29/03/11