INFINITA TERNURA...
Me sento aqui ao teu lado no pleno da escuridão,
E te observo no silêncio latente da noite fria
Te revirando incansavelmente na nossa cama,
Procurando esquecer o calor dos nossos corpos
E buscando a presença do que hoje jaz na indiferença!
Ah amor! suspiras que o travesseiro te tortura e engana!
Que não há maneira de simplesmente nos esquecer
Nem esse ardor e desejo que ainda ontem em ti acendi!
Que o teu corpo e pleno ser apenas hoje vivem no lamento,
E que até esse nosso sentimento parece que esqueci!
Mas o que tu não sabes amor, é que em cada tua noite e dia
Estou ao teu lado, na felicidade como também na melancolia,
Meu corpo preso nesta desventura te dando infinita ternura
E mesmo que não possa mais te tocar nem sequer te amar,
Ele ainda tem seus momentos cientes e, ainda ousa nos sonhar.
Salomé
“Um novo amanhecer 2011”
De Helmuth da Rocha:
"Que linda ternura silente,
É o amor sem aventura
Bate o coração da gente
Na esperança futura."
Obrigado Poeta! (S)