Chuva de Amor

Lá fora está chovendo

Aqui dentro meu coração está chorando.

Se eu pudesse te falar neste momento

Eu diria apenas: Perdão!

O que mais queria neste mundo

Era ver-te feliz,

Entretanto, magoei-te...

Deixei, sem querer,

Uma nuvem escura formar-se.

O aguaceiro se precipitou,

Esmagando em nossa volta as flores,

Destruindo os rebentos

E revolvendo os entulhos.

Sem nada escapar desta fúria,

Como a força da natureza

No desatino da tempestade.

Lá fora a enxurrada passa ruidosa,

Ligeira, como chuva de verão;

Deixando as ruas lavadas

E a natureza renovada!

Se eu pudesse lavar nesta chuva

A minh’alma do mal que causei,

E se pudesse te falar neste momento,

Como a natureza, me renovaria,

Ao te pedir: Perdão!

Mas, se a luz lá fora volta de repente,

Iluminando tudo de novo,

Que também passe esta tempestade!

E de novo a luz do teu sorriso...

Assim como depressa passam

As chuvas de verão.

Maria Barreto
Enviado por Maria Barreto em 05/03/2011
Reeditado em 21/07/2011
Código do texto: T2830954