Sob o céu de seda

Pilares são criados longo da existência

Sustentam objetivos, derrubam utopias

Cansado de morrer todos os dias

Removo a barreira que cerca o mistério

Ergo meus punhos ao céu

Canções proibidas escorrem por minhas veias

Desdenho teu perdão

Abraço-me ao pecado que me assola

Não vou me ajoelhar a seu livro ditador

De guerras e desgraças, julgamentos e mentiras

Do peito um grito se rasga aflito

A fumaça sai de meu olhar

Não plantarei cinzas que não florescerão em meu jardim

Não me juntarei aos olhares famintos e sem vida que beijam teus pés

Entendo que fui cego voando rumo a luz

Me deixe sonhar em paz, pois já não penso em acordar

Guilherme Moura
Enviado por Guilherme Moura em 26/02/2011
Reeditado em 26/02/2011
Código do texto: T2815910
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