Silêncio
No silêncio é que sente-se a preciosidade da alma
Quando todos os fatos vem a tona
E algo se depara com o horror
O Sol se deita ao fim de cada aurora
A noite chega em tom de calmaria
Em silêncio, o corpo desperta o som da alma
Beijos que profanaram
Passageiros como a luz do dia
Lábios vagos em meio a escuridão
Acolhem o calor que emerge da carne
No quebrar de uma taça
O vinho mistura-se ao sangue
A vida é jogada ao vento
Como pútridas pétalas de rosas
Sob a ternura de um céu de seda
O corpo se encosta no musgo da faia
A alma descobre a verdade
Posta de cabeça para baixo quando a vida perecia
A venda da mentira é retirada de pálpebras descidas
A existência estende suas mãos ao entendimento
Num último suspiro ao fim da luz do dia
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