Silêncio

No silêncio é que sente-se a preciosidade da alma

Quando todos os fatos vem a tona

E algo se depara com o horror

O Sol se deita ao fim de cada aurora

A noite chega em tom de calmaria

Em silêncio, o corpo desperta o som da alma

Beijos que profanaram

Passageiros como a luz do dia

Lábios vagos em meio a escuridão

Acolhem o calor que emerge da carne

No quebrar de uma taça

O vinho mistura-se ao sangue

A vida é jogada ao vento

Como pútridas pétalas de rosas

Sob a ternura de um céu de seda

O corpo se encosta no musgo da faia

A alma descobre a verdade

Posta de cabeça para baixo quando a vida perecia

A venda da mentira é retirada de pálpebras descidas

A existência estende suas mãos ao entendimento

Num último suspiro ao fim da luz do dia

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Guilherme Moura
Enviado por Guilherme Moura em 22/02/2011
Reeditado em 27/02/2011
Código do texto: T2808712
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