AMOR EM PECADOS DA CARNE



Pergaminho de papiro do Nilo
A fineza da tua pele que tateio
Nívea cor do lírio em flor
Minha boca desenha teus caminhos
Beijos sôfregos com sabor do aniz

Sou teu aprendiz do amor sensual
Busco e rebusco tuas voltas e revoltas
Pranteio tua recusa, sorrio a tua aceitação.

Navego na tua carne, lanço minha âncora,
Nas profundezas de teus abismos mais secretos
Tu me expões tuas indecências e eu em ânsias
Vasculho teus porões, invado teus castelos.

Quero ser teu rei e enterrar meu cajado
Na tua coroa real, que úmida, espera-me...

No apocalipse final, seremos absolvidos!