Descobri na Saudade (Declaração)
Sobre as nuvens de algodão brinquei
Enquanto as estrelas saltitavam sobre a lua.
Pelas órbitas da via – láctea voei...
Cada vez que beijava tua face nua.
Dançaram em sua sinfônica voz...
Minhas mais belas fantasias;
Em teu sagrado colo, encontrei a foz
Das esperanças que me faziam viver dia após dia.
Eras o prazer de toda a vida
E a felicidade de minha alma!
A mulher que no futuro ousaria chamar querida
E que no desespero traria a calma.
Era a estrela de minha sina, teu sorriso...
A rima mais perfeita para a poesia;
Eras o anjo que mais queria em meu paraíso
E a mulher que mais desejei na manhã de um dia.
E quando à noitinha...
No sereno, às vésperas da madrugada,
Juntar tua mão à minha
E profanar a felicidade de tê-la como namorada.
No apagar das luzes de nosso leito,
Banhados apenas, pela sublime luz do luar...
Abraçá-la contra meu peito
E amar, amar e mais amar.
Sonhar teu sonho;
Descobrir nos detalhes, tua beleza mais secreta!
Fazer risonho...
Este triste e romântico poeta!
Fazer dos teus gestos mais cotidianos...
A maior riqueza de meu destino!
Ao teu ouvido, sussurrar um eu te amo
E saber que ao teu lado sou homem,
Longe de ti, menino!
Queria aquecer teus pés com os meus lábios;
Desvendar teu charme, somente pelo seu olhar!
Amar loucamente ou amar como os sábios,
Simplesmente entender que minha vida só existe
Quando nela, ao meu lado, minha musa está.
Compreender, enfim...
Que moras aqui, no meu coração
E descobrir em mim...
Que meu viver está na tua mão!
Render-me a verdade
Que sempre ocultei:
- Descobri na saudade
Que eu sempre te amei!
FIM