A mulher do meu verso
Seda que decai sobre os ombros da mulher
Percorrendo a moldura de todo o plano
É nela que há o céu, a lua e minha fé
É ela- a estrela que elevo e tanto amo!
Olhos que me perturbam e são...
O fulgor que me deslumbra durante o sono
Tu és o segredo e a súplica da oração
E o motivo do meu abandono.
À tarde, a brisa traz correndo sobre o jardim,
O perfume da flor que adoraria respirar
Pela manhã, ao nascer do sol, perto de mim
Pela noite, morrer e renascer de tanto amar!
E neste instante, aqui nos pensamentos
Latejam e trazem os vestígios
De ti, junto ao som e o eco do vento
O reconhecimento que da alma tu és princípio!
Tê-la por entre as mãos tua cintura
E beijar com volúpia sua boca.
A minha alma encostada em tua face pura
Enquanto os dedos lhe tiram a roupa.
E descobrindo-lhe gradualmente...
Meus lábios delirando e repassando por teus seios
Senti-la nos braços doce musa inocente
E abraçá-la ao meu peito, dedilhando seus cabelos.
Vê-la ali, refletida no espelho do meu olhar,
Imagem que contemplo e admiro
E por segundos, minha língua a deslizar
Pelo teu corpo e de repente um suspiro...
Aurora de momento! Êxtase de um universo!
Enfim, da vida a compreensão...
De que és a musa da poesia e do verso
E a mulher que amo e vive no meu coração!
FIM