A mulher do meu verso

Seda que decai sobre os ombros da mulher

Percorrendo a moldura de todo o plano

É nela que há o céu, a lua e minha fé

É ela- a estrela que elevo e tanto amo!

Olhos que me perturbam e são...

O fulgor que me deslumbra durante o sono

Tu és o segredo e a súplica da oração

E o motivo do meu abandono.

À tarde, a brisa traz correndo sobre o jardim,

O perfume da flor que adoraria respirar

Pela manhã, ao nascer do sol, perto de mim

Pela noite, morrer e renascer de tanto amar!

E neste instante, aqui nos pensamentos

Latejam e trazem os vestígios

De ti, junto ao som e o eco do vento

O reconhecimento que da alma tu és princípio!

Tê-la por entre as mãos tua cintura

E beijar com volúpia sua boca.

A minha alma encostada em tua face pura

Enquanto os dedos lhe tiram a roupa.

E descobrindo-lhe gradualmente...

Meus lábios delirando e repassando por teus seios

Senti-la nos braços doce musa inocente

E abraçá-la ao meu peito, dedilhando seus cabelos.

Vê-la ali, refletida no espelho do meu olhar,

Imagem que contemplo e admiro

E por segundos, minha língua a deslizar

Pelo teu corpo e de repente um suspiro...

Aurora de momento! Êxtase de um universo!

Enfim, da vida a compreensão...

De que és a musa da poesia e do verso

E a mulher que amo e vive no meu coração!

FIM

Kleber de Paula
Enviado por Kleber de Paula em 09/02/2011
Reeditado em 09/04/2011
Código do texto: T2782278
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