NO CÁLICE DAS MÃOS DE DEUS
Mergulhado em cada detalhe
Desse amor que me arrebata,
Envolvo-te delicadamente
Nos afagos dos meus braços!
As cortinas esvoaçantes
Nas paredes boreais,
Traz um quê de euforia
Aos nossos sonhos iguais!
Nossos lábios silenciam-se
Não apetece vocábulos,
Pois nosso encontro de olhares
Falam mais do que as palavras!
Nessa entrega amantíssima
Entre bálsamos e suores,
Bebemos a água sacra
Da fonte oculta de amores!
Lá fora a luz do prado
Rutila a relva orvalhada,
Enquanto as flores noturnas
Dançam ao toque da aragem!
A noite dissolve o mundo!
Nosso amor alcança os céus!
Neste apogeu somos guiados
Pelo cálice das mãos de Deus!