Danço com o teu perfil ao fado da madrugada...
Estro provocante
desliza pela fronte
a caminho da luz dos teus olhos
e sementes dementes
perguntam-se - para onde vai esse olhar?
Meu nariz resvala-se ao teu,
foge para o queixo
e os caules eretos do deleite
brincam de esconde–esconde,
até molhar de mar os lóbulos das orelhas...
Língua voraz
contorna os lábios
em direção ao sol nascente
e pétalas recém nascidas
desaguam na boca a sugar-te o mel...
Achego-me ao pescoço
e reluto sair... nada mais quero,
a não ser por ali repousar no langoroso torpor
das flores que embalam e se perdem,
sem desejar encontrar nada mais, nunca mais...
Perco-me ao fero fado desses versos meus, só teus...
Volto a buscar-te e nada mais... é vão o meu desejo...
Pelos anais da vida, que transponho ao léu,
lamento a perda santa - de um momento o céu -
e o rosto que perdi ao vento,
para qual estrela, para qual luar se foi?
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2009 – 00h52
Estro provocante
desliza pela fronte
a caminho da luz dos teus olhos
e sementes dementes
perguntam-se - para onde vai esse olhar?
Meu nariz resvala-se ao teu,
foge para o queixo
e os caules eretos do deleite
brincam de esconde–esconde,
até molhar de mar os lóbulos das orelhas...
Língua voraz
contorna os lábios
em direção ao sol nascente
e pétalas recém nascidas
desaguam na boca a sugar-te o mel...
Achego-me ao pescoço
e reluto sair... nada mais quero,
a não ser por ali repousar no langoroso torpor
das flores que embalam e se perdem,
sem desejar encontrar nada mais, nunca mais...
Perco-me ao fero fado desses versos meus, só teus...
Volto a buscar-te e nada mais... é vão o meu desejo...
Pelos anais da vida, que transponho ao léu,
lamento a perda santa - de um momento o céu -
e o rosto que perdi ao vento,
para qual estrela, para qual luar se foi?
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2009 – 00h52