NA DANÇA LENTA DAS MÃOS
Na dança lenta das mãos
criam-se fugidias esculturas
abranda-se a dureza das almas,
abre-se o mais fechado coração,
escrevem-se melodiosas sinfonias,
subvertem-se o sentido das palavras.
No delicado brilho de um olhar
selam-se duradouras alianças,
refazem-se votos eternos,
ampliam-se horizonte finitos,
tombam mortos os incrédulos,
voam os peixes do mar.
Na emoção das vozes apaixonadas
tudo assume novo sentido,
como se sempre assim houvesse sido,
desde tempos imemoriais:
você, a mim, sempre ligada,
eu, o mais feliz dentre os mortais.
- por JL Semeador, em 15/12/2009 -