Poesias Perdidas X - O que é um coração?
Coração incerto e indiscreto,
Que se apaixona rapidamente,
Sem a menor esperança de uma vida certa.
Paixão desatinada que me vem,
Me diz com todas as letras,
Apaixone-se a cada momento de sua vida,
Mesmo que isso seja por um instante.
E eu escuto isso,
Toda vez que eu me apaixono.
Desatinado sentimento,
Que me faz de bobo,
Toda vez que eu te vejo,
Fico sem palavras,
Meu coração acelera,
Fico fora de controle por causa do seu olhar.
O que é um coração?
Eu te pergunto isso,
Diga-me o que é?
Quantos infinitos sentimentos ele tem?
Como eu poderia descrever em poucas palavras um coração apaixonado?
Tola tentativa minha tentar descreve-lo com contos e historias,
Imaginar que um dia eu tinha a esperança de entende-lo,
E poder dizer finalmente,
O que seria um coração.
Vejo que não tenho a certeza de minha solidão,
E me imagino ao seu lado,
Andando de mãos dadas,
Pela noite infinita sem estrelas,
Mas com um luar eterno,
Que só em sonhos íntimos eu acreditava ver.
Eu me lembraria de você pelo seu sorriso eterno,
Que faz meu coração bater e bater,
Sem controle.
Nessa viagem minha,
Que eu digo e repito,
O que é um coração?
Coração mole,
Coração de pedra,
Coração cansado e farto.
Sentimentos que acreditamos vir o fundo de nossos corações,
Que vem e nos fazem felizes e tristes,
Nos dizendo como nos sentir,
Apaixonados ou não,
Amantes loucos brincando até o amanhecer da vida eterna,
Querendo que o momento nunca acabe,
Sonhando acordado,
Imaginando ter encontrado a felicidade de suas vidas,
Andando lado a lado,
Na rua deserta do coração,
Em plena madrugada.
Desejando consigo,
Imaginando seus medos,
Você não sabe como é amar,
E não ser correspondido.
Incontestável paixão que vem e nos abala,
Que nos faz alegres por poucos,
Mas belos momentos de nossas vidas,
Querendo viver sua vida por você,
Querendo dar a vida por você.
E você não perceber quão desatinada é a paixão,
Paixão de um coração.
E tentando escrever e descrever um sentimento tão puro,
Quanto à paixão solitária e incerta,
Mas cheia de esperança e amor,
Desejando em segredo,
Que eu um dia olhe para você,
E de um sorriso certo e cheio de amor,
Mostrando que eu também posso amar.
Mas misticamente,
O coração mole de um eterno boêmio,
Que diz para a amada,
Tudo o que sente,
Tentando ser correspondido.
Mas não,
Ela não tem piedade,
Não mostra amor a ele,
E ele tentando mostrar a ela que ele a ama mais do que a própria vida,
Pega sua cítara,
E com voz angelical,
Acorda todos,
Esperando que apenas a luz de sua janela,
Se acenda...
Mas não,
Ela se tranca no escuro, chorando lágrimas verdadeiras de amor,
Tentando afogar as mágoas de uma vida cheia de amores incertos,
Querendo que alguém a ame,
Mas teu orgulho se mostra maior que tudo,
Orgulho que diz que não se pode amar um boêmio apaixonado,
Pois esse pode vir a ser seu maior erro.
Mas ela quer esse erro,
Enquanto o boêmio canta e toca musicas que não podem ser desse mundo,
Ela descobre o amor certo,
Mas não vence o orgulho e acaba se fechando de vez,
Em seu coração cheio de paixões alucinadas,
Mas nenhum amor certo.
Mas ele não desiste,
Quer amá-la a todo custo,
Mesmo que isso lhe custe a vida,
Mas não compreende como isso pode ser possível,
Cantando suas juras de amor por ela,
Como ela pode ser impassível a tudo isso?
Ele a quer em seus braços,
Para amá-la e cada vez mais,
Mas ele não desiste,
Enquanto ela se perde nos choros escondidos,
Desejando que ele pare,
Para que ela não caia em seus feitiços amorosos,
E por fim acabe de sucumbir a essa paixão louca.
Coração que enfeitiça os apaixonados,
O boêmio a se perder nos labirintos da solidão eterna,
E a amada fica a afogar as mágoas,
Nos choros reprimidos de sua janela fechada.
Coração incerto,
Que nos da esperança e felicidades momentâneas,
Mas nos mostra como é incerta a nossa própria solidão.
E como o boêmio que canta e toca,
Sem perder a esperança de consumar um amor apaixonado,
Faz a amada perder o controle de si mesma,
Fazendo com que ela caia nos seus braços em prantos,
Tentando dizer,
Que o seu coração,
Que tem tantos sentimentos secretos,
Como o amor,
A paixão,
A esperança,
A solidão,
A incerteza,
E o abandono.
Chorava as lagrimas em meio às palavras de sua paixão,
Dizia que o queria amar,
Queria se apaixonar,
Dizia isso em meio a lágrimas de um amor escondido,
E retido.
Esses corações,
Desses amantes fervorosos,
Que lhes escondia a certeza de uma vida toda pela frente,
Mas mesmo assim,
Eles queriam que aquele momento não terminasse.
E nesse conto,
Ditado em varias historias,
Que dizia apenas os sentimentos de dois amantes,
Que queriam apenas amar,
Que queriam se apaixonar,
Sem ligar para os sentimentos incertos,
De uma paixão sem esperança.
Mas eles queriam amar,
Simplesmente amar,
E se apaixonar.
Mas esse coração desatinado,
E muito esperto,
Queria brincar com os sentimentos,
Mesmo sabendo que isso poderia trazer a solidão aos dois.
E procurando o amor,
Em lugares opostos,
Perdia-se nos labirintos de seus sonhos mais ocultos,
E seus corações perdidos sem esperança,
Perguntavam-se:
O que é um coração?