O Anjo 4

Vago pela noite fria, acompanhado de minhas lembranças aparentemente distantes

A saudade dita o clima de uma noite solitária

A solidão comanda o pulsar de um coração vazio

Solidão perturbadora, que implora por uma companhia

Fugindo completamente de sua essência

Uma lágrima escorre pelo rosto castigado pela rejeição

O olhar não mais esbanja a virtuosidade

Denuncia o desespero, a impotência

Entrega-se completamente aos braços do improvável

Não há mais força, não há mais virtude

Não há mais o brilho no olhar

Há apenas a dor da saudade

Há apenas um aperto no coração, que emana de um passado distante

Onde o mesmo, era movido pela alegria de sua presença

Caminho solitariamente pelo Vale das Sombras

Acompanhado de minhas lembranças, meus medos

Meu desespero, minha vontade de te ter ao menos mais uma vez em meus braços

O rosto frágil, esbanja um sorriso quando vem à minha mente momentos em que estive ao seu lado

Recordo-me do encanto de seu olhar

Do perfume de sua pele

Do enorme conforto em que me encontrava, quando estava em seus braços

Do quanto minha alma é dependente de sua existência

Lágrimas cairão quando você estiver distante

O coração ficará acelerado ao esperar por sua chegada

O corpo será tomado pela felicidade quando você estiver em meus braços

Sempre será por você, enquanto houver, aquele lugar, que eu chamo de coração....

Ele pulsará...e sempre...sempre será por você

Guilherme Moura
Enviado por Guilherme Moura em 30/11/2010
Código do texto: T2645146
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