Minha Ana
Ana pra cá
Ana pra lá
Ana dali
Ana de lá
Ana pra tudo quanto é lado,
Ana pra cima e Ana pra baixo.
Baixinha que só ela,
Com um sorriso só dela, ela sendo a mais bela de todas elas.
Me faz sentir bobo assim,
Fazendo lembrar que só preciso dela pra ser feliz.
De todas que tem no mundo,
Sejam mulatas, loiras, baixinhas, gordinhas, altas ou magrinhas,
Preciso só de uma pra amar a fundo.
A minha Ana é mulher como todas as outras,
Tem bunda, peito e cabelo,
Canela, coxa e joelho,
Às vezes fica sem jeito, mas é sempre cheia de desejos.
Se irrita, ri e chora, zomba, grita e namora,
É uma coisa que sente, que ama, que sonha, que beija e tem ira – Descartes que diria!
Minha Ana é especial, sem ter nada de sobrenatural,
Me faz sentir surreal, quando tudo corre de um jeito tão natural.
E ela, sem nada de animal,
Me faz de bobo assim, sem eu saber que tudo isso é normal, ‘inda mais quando não faz mal e nosso amor vai ficando cada vez mais banal.
Ficando cada vez mais seguro assim, como que por um triz, nesse beijo que não quero que tenha fim,
Termino apaixonado assim, por uma Ana – de tantas outras – que depois de muito tempo escolhi.
Essa Ana, que pra mim é a mais especial de todas as Ana’s.
É essa a mulher que eu amo até o fim.