ENTRE AMOR E PAIXÃO O CIUME
ENTRE AMOR E PAIXÃO O CIUMES
Sobre a tensa face resvala a pérola,
Umedecendo o local por onde desce,
O coração pulsa forte ou bem devagar,
Mechem os lábios em súplica e prece,
Senhor, o sorriso é o vizinho da lágrima,
Cada ser arrebata sua fé e sua palma,
Quando um sentimento desfaz-se, fenece.
O amor mora tão próximo ao ódio,
Bravura ao lado da covardia se desfaz,
As dores profundas no cerne da alma,
Silenciam diante da brandura desta paz,
A vida caminha suave ao lado da morte,
O fraco por vezes torna-se o mais forte,
Quando no caminhar, necessário se faz.
O desprezo provoca na ardente paixão,
O sentimento que aflora em queixumes,
O lado amargo do amor é o abandono,
No céu brilham as estrelas, cá os vagalumes,
A tristeza anda de braços com a alegria,
A ignorância zombeteia da sabedoria,
O vilão das tramóias responde por ciúmes.
Rio, 02/11/2010
Feitosa dos Santos