AMOR QUE MATA
José Ribeiro de Oliveira
O amor que mata
Chega de mansinho ao peito
Entra macio como agulha no algodão
E vai tomando conta assim com muito jeito
Depois domina e faz refém o coração
E lentamente, como a abelha faz o mel
Vai construindo dentro do peito a paixão
O amor decide sobre o destino da gente
Faz oceano de uma lágrima que cai
E anuncia o fim da vida simplesmente
Somente por um grande amor que se vai
Eu quero mesmo é encontrar um amor assim
Que faça assento dentro do meu coração,
Que tome posse, que seja dono de mim
Pra nunca mais sentir a dor da solidão.
O amor desnuda a face oculta da razão
Como um gigante esquenta mais que a luz do sol
Tem mais encanto do que a mais forte emoção
E mais beleza que o canto de um rouxinol
Eu quero mesmo é encontrar um amor assim
Que faça assento dentro do meu coração,
Que tome posse, que seja dono de mim
Pra nunca mais sentir a dor da solidão.