NO REINO DO FAZ DE CONTA

NO REINO DO FAZ DE CONTA

Quantas vezes nos sentimos como se o mundo houvesse desabado,

Jogamo-nos aos braços do desânimo e no sono começamos a sonhar,

-O amor não acontece apenas no lugar onde se elege como regaço,

Este ocorre em qualquer recanto, desde que ele seja verdadeiro,

Sem explicações, sem exibições, quando por dentro o fogo queima.

O amor que não incendeia, não arde, não gera calafrios é apenas ilusão,

Tem hora certa, têm seus trejeitos, eu respeito, para não gerar confusão,

O amor, a paixão são vapores que sobem dessa intensa fervura,

Provocado pela lenha, que tirita em brasas e a água em bolha mistura,

O que nasce do cerne de um coração, que se deixe apaixonar.

Porém esse intenso amor, com o qual sonha o menestrel e o poeta,

São apenas lendas urbanas, dos muitos reinos do “faz de conta”.

Onde nunca houve princesas e o príncipe que os criou, morreu.

Rio, 25/09/2010

Feitosa dos Santos