DEVORAM-SE OS PECADOS
Sim, pedaço de pouca luz
Pedra de sapato furado
Se ainda há o que conduz
Não me deixe sobre o acaso.
De fato tenho ainda sorte
por viver entre as paredes
Se dessa faca talho o corte
intrepido e puro dos meus dizeres.
E assim a luz se apaga
entre vagalumes black-orange
Cada passo que desfaço
alcança a cor desse distante.
E assim o cão de guarda
me espera ainda entre os loucos
Seduz e bebe da minha alma
o ultimo gole risonho.
E nem tão pouco acorrentado
talvez se enrosque entre palavras
Naufrago de pessoas
que devoram seus proprios pecados.