Cobiça
Há meus amores,
Livres, soltos e belos,
Como pássaros no verão.
Ão de ser por inteiros e intensos,
Serão sempre sensuais,
E nunca, nunca casuais.
Serão desejo, serão carne, serão sensuais,
Assim sempre serão.
Não mais que o momento,
Não mais que a cobiça,
De teus olhos, ardentes olhos,
Que me chamam para o pecado.
Das mãos leves,
Que com as minhas pesadas se completam.
E apesar disto
Continuam a se amar,
A tocar, em uma dança,
Que toca em um ritmo
Que nunca há de acabar.