MONOLÓGO
Queria te falar de algo factível
Algo que vem do peito
Amadurecido, possível
Ancípite e afoito
Algo que fica no ar
Que luta contra
Pode ser de a eloquência amar
Ou imponente e pilantra
Tão simples como o olhar
Queria te falar algo e bem perto
Mas minha voz se escondeu
O sono que não desperto
Você me concedeu
Deixou-me morto
Voou ao céu
Sem cais, sem porto
Sem ruma toda vontade
Perdeu-se
Também queria te dizer algo grandioso
Dar-te um beijo
Contemplar teu olhar meloso
Despertar o desejo
Não dizer nada
Falar-te lépido
Ficar exótico, minha amada...
Valente e destemido
Não pensar em nada
Mas o efeito da vontade tornou-se pó
E antes da morte eu morri
Não queria ficar só
Mas acho que te perdi
Se não puder falar de meu amor
Teu corpo, cabelos...
Teu lábio multicor
Ficarão cravados em meu peito teus olhos
E teu amor.
Autor: Leon Gomez, poesia feita em 19 de dezembro de 1986.
Queria te falar de algo factível
Algo que vem do peito
Amadurecido, possível
Ancípite e afoito
Algo que fica no ar
Que luta contra
Pode ser de a eloquência amar
Ou imponente e pilantra
Tão simples como o olhar
Queria te falar algo e bem perto
Mas minha voz se escondeu
O sono que não desperto
Você me concedeu
Deixou-me morto
Voou ao céu
Sem cais, sem porto
Sem ruma toda vontade
Perdeu-se
Também queria te dizer algo grandioso
Dar-te um beijo
Contemplar teu olhar meloso
Despertar o desejo
Não dizer nada
Falar-te lépido
Ficar exótico, minha amada...
Valente e destemido
Não pensar em nada
Mas o efeito da vontade tornou-se pó
E antes da morte eu morri
Não queria ficar só
Mas acho que te perdi
Se não puder falar de meu amor
Teu corpo, cabelos...
Teu lábio multicor
Ficarão cravados em meu peito teus olhos
E teu amor.
Autor: Leon Gomez, poesia feita em 19 de dezembro de 1986.