ONDE MORA O AMOR

ONDE MORA O AMOR?

Nas planícies ponderadas,

em apartamentos alugados,

nas montanhas russas, rochosas,

fissuras das cavernas,

Razões imponderadas,

desertos alagados.

Nas almas ruidosas..

fontes, cisternas,

frente, verso.

Domingos ausentes,

domínios ocupados,

no interior da gente,

exterior estereótipado.

Detalhes, minúcias,

músicas, entalhes.

Num vaso rompido,

versos românticos,

terço da lua,

pergaminho antigo,

nos atos tântrico,

na paixão que recua,

e se contenta,

em viver a razão,

do bem-querer,

no gostar sem contenda,

na alforria do coração,

que vive a bater

em teclas distintas,

O amor mora aqui,

acolá, ainda que

não estejamos lá!

[gustavo drummond]