VIDA, PORTO E SOLIDÃO
VIDA, PORTO E SOLIDÃO
O homem nasce e toma o seu caminho,
Trabalha árduo para construir seu barco,
Planta-o sobre as águas no mar da vida,
Na labuta para adquirir o desejado naco.
Durante todo o percurso do seu navegar,
Quer aportá-lo em algum recôncavo vago,
O barco no sacudir das ondas, a balançar,
Cambaleia de um lado para o outro lado.
Arrasta a quilha, rasgando a pesada água,
O vento sopra e acaricia a vela curvada,
Tangendo o barco na água viva, turvada,
Labirintos e caminhos deste mar trilhado.
Por vezes enfrentamos os perigos do mar,
E quantas vezes pensamos abandoná-lo,
Mas o barco de sonhos, que foi idealizado,
É ancorado no porto seguro do verbo amar.
Rio, 22/08/2010
Feitosa dos Santos