SEM AMOR


Sigo por aquela mesma estrada
Em que nos despedimos um dia
Caminho em direção ao nada
Pois não sei para onde você ia

Sigo sempre só e tão resignada
Com a minha vida muito vazia
Ela foi-me cruel e mui malvada
E carregou você, minha alegria

Sigo por este imenso deserto
Que não sei bem onde me leva
Pois eu perdi o caminho certo

Na vida, o que nos mais eleva
É a certeza daquilo que é incerto
Mas a vida, esta não nos releva



Este foi o primeiro soneto escrito por mim, em 1974.
Tinha 15 anos.Encontrei o original amarelado dentro de um livro.