A VISITA DA VERDADE

Eu quero uma verdade inventada:(*)

Bonita, ardente e luminosa,

Feito toalha branca, rendada,

Que faz a alegria da dona de casa.

Uma verdade estonteantemente inusitada,

Que acenda sóis em noites apagadas

E semeie germes de entendimento na vida

De quem passa, sem nada ver, às pressas.

É domingo, abro a janela, à espera.

Quem sabe, hoje, ela venha me visitar,

Trazendo sorrisos e doces desejos;

E sente-se à mesa, à hora do almoço,

Ensinando-me o segredo de bem amar,

Entre goles de cerveja gelada. Sem alvoroço.

- por JL Semeador, em 15/08/2010 -

(*) Sobre uma frase tomada de empréstimo à Clarice Lispector.

jlsantos
Enviado por jlsantos em 15/08/2010
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