CONJECTURAS
Falo do amor como se não houvesse
a menor importância não tivesse.
Falo do amor indiferentemente.
Falo da tristeza como não sentisse
a frieza da noite e até fingisse
gostar de não sorrir impunemente.
Falo da dor como se não vivesse
a dor de viver e não morresse.
Falo da dor escarniosamente.
Falo da saudade assim como quem fala
de algo que se foi e não se abala
em vivenciar apenas o presente.
Falo do adeus como se não quisesse
acreditar que existe e que acontece.
Falo descrente, cuidadosamente.
Falo de tudo assim, inabalavelmente.
Mulher madura, fria, indiferente.
Ser uma fortaleza até pareço.
Mas desabo e me traio facilmente
e aos outros me torno transparente
pois se falam em você, eu emudeço!
Falo do amor como se não houvesse
a menor importância não tivesse.
Falo do amor indiferentemente.
Falo da tristeza como não sentisse
a frieza da noite e até fingisse
gostar de não sorrir impunemente.
Falo da dor como se não vivesse
a dor de viver e não morresse.
Falo da dor escarniosamente.
Falo da saudade assim como quem fala
de algo que se foi e não se abala
em vivenciar apenas o presente.
Falo do adeus como se não quisesse
acreditar que existe e que acontece.
Falo descrente, cuidadosamente.
Falo de tudo assim, inabalavelmente.
Mulher madura, fria, indiferente.
Ser uma fortaleza até pareço.
Mas desabo e me traio facilmente
e aos outros me torno transparente
pois se falam em você, eu emudeço!