PARADOXO DO QUERER
Como eu gostaria de reverter os nossos desencontros em miúdos mal entendidos, ou em travessuras de um amor infantil.
Como eu gostaria de conseguir controlar o tempo, e um pouco mais lento fazê-lo passar, para ter a oportunidade de mais ao seu lado ficar.
Como eu gostaria de fazê-la entender, que como amigo, eu a desejo como mulher, e como mulher e bela como és, te desejo mais que como uma amiga.
Como eu gostaria de escutar o seu choro, mas de alegria por me descobrir como amante, e não como ouvinte dos teus desencantos com os seus amores.
Como eu gostaria de fazer desta paixão impossível, uma seqüência de pequenas e possíveis tentativas de preencher parte do seu coração, ou mesmo pequenos sucessos ante a grandeza do querer-te.
Como eu gostaria de ser o vento que acaricia os seus cabelos, só para todo o meu sentimento em seus ouvidos sussurrar.
Como eu gostaria de ser o Sol que acaricia o seu rosto, ser o senhor do seu sorriso, e não, só por poucos momentos o motivo dele.
Como eu gostaria de compreendê-la no seu todo: seu pensar, seu viver e seu sentir, mas neste momento em especial, como eu gostaria de não te amar, como te amo e sossegar esta minha alma fustigada.