Á ESPERA DO AMOR
Um buquê de versos na mão,
Quatro rosas rosas na alma,
Estacionado em local produtivo,
Aguda agonia angustiante;
No centro da estação,
Quase sentindo o apito
do trem, repetitivo.
Ansiedade latejante,
um agito interior,
como demora o amor...
Vesti-me de mantos alvos,
Olhando as setas indicativas,
Perdido entre rostos, restos
de lixo não degradável.
Pensamentos vagos,
fixos.
Mascando a hora definitiva,
Dietética, mentolada, rastejante,
Confiante, desconfiado.
Talvez este amar ansiado,
venha em tapete mágico,
táxi estelar,
balão estrangeiro;
tomara venha prático,
programado, com instruções
de fábrica, práticas.
Materializado, ligeiro,
Divinizado; para ficar.
[gustavo drummond]