EUFORIA
(EUFORIA)
Mar e vento, incandescente nascentes
Das ondas quentes acariciando meus pés
E do teu corpo velado e inundado pelo luar
Numa visão surreal que me vira ao revés
E desperta mil emoções loucas e carnais...
Não preciso te olhar para em mim te sentir,
Nesse víl delírio que emana de dentro de ti,
Usufruíndo deste desejo nu, solto e liberto
Que desliza sob o corpo nu, livre e disperso
Como o mais delirante de todos os versos...
Teu absínto puro, fiél e implacável se dissipa
No meu sangue bêbado com o teu veneno
E em minha pele revestida pelas tuas mãos,
Na perfeita comunhão entre a brisa e vento,
Marcando o início entre o pecado e o anseio...
Intensidade dançante neste tûmulo de langor
Donde por cada caricia doada e desvendada,
O louco torpor se desfaz no calíce do amor
Vertendo em seu pleno sabor de mel e licor,
Corpos entorpecidos e finalmente saciados...
Desejo carnal no fogo delinquente e alucinante
Que se liberta na perfeita simêtria deste incendio
E ameaça despedaçar-nos em nosso pleno ser,
Nos fomentando no antro do prazer e da euforia
E nesse manto letal e sensual da poesia e alquíma.
Salomé
"Ações e Reações" 2010
Nota: Vou estar ausente do recantos até dia 01 de Agosto por motivo de férias. Mas logo depois estarei de volta... Disfrutem, escrevam muito e nos vemos logo logo. Um beijo a todos e e não se esqueçam de sorrir...
Salomé