VOLÚPIA APAIXONADA

 
Flano na leveza plena, por ti despida
Sensualmente, respondo às cabriolas
Tu és o mestre desta sensação sentida
Quando a rubra rosa, arrebatado, violas
 
Língua aventureira em meus cumes e vales
Instigadora do deleite ainda não aproximado
Tempera a lapa inquieta, até que te instales
Tu deslizas num vai-e-vem pujante e ritmado
 
Afogadiça, submirjo em lascivo universo
Sorvo delícia da seiva amorosa que exalas
Teu falo fala dialeto lúbrico e bem diverso
Satisfação envolve-nos em vestes de galas
 
Tatuadas em mim, as marcas do nosso amor
E em ti, ainda flameja luxúria do meu ardor...
 
Denise de Souza Severgnini
 
* Versão feminina do poema DIMENSÃO DO SEXO, de Ivan Oliveira Melo


 


 
 


DIMENSÃO DO SEXO
 
Em teu corpo nu
Quero fazer piruetas eróticas,
Possuir-te com macrobiótica
E deixar-te leve como um bambu.

Em teu corpo no teu sexo
Quero beber a essência da vida,
Sentir em teu prazer a dor destemida
E afogar-te em mim num colossal amplexo.

Nos morangos dos teus seios salientes
Quero sentir em minha boca o engasgo
Provocado pela sensibilidade do teu orgasmo
Que deixará em mim teu fulgor persistente.

Em teu corpo de magistral dama
Quero marcar de amor os lençóis de tua cama!

 
Ivan de Oliveira Melo