Roda-Gigante
Distante...
Às vezes fora do alcance...
Alimentando-se da ausência
Não se deixando abater pela fome
Estando bem perto...
Ou longe!
Então...
Ajustar a lente é bem vindo sempre
Sempre...
Que a máquina desejar
Pra bombear o motor
Fazendo todo o corpo pulsar...
Pulsa!
Pulso...
Pulsa...
Pulso!
Ritmos frenéticos de um trem-bala
Acelerado numa velocidade mil por hora!
Já é outro dia
E tudo ainda rola
Roda...
Rola...
Roda!
Rola...
O corpo necessita calibrar a lente
Sempre!
Pra estar n’outro agora...
Sozinhos...
É quase assim sempre
Então...
Desejo no olho
O suor corre pelo corpo
E tudo volta a girar...