POEMA EM LINHA II

Acordas para o fulgor da manhã

com um sorriso rasgado e um cumprimento

que faz lembrar brinquedos em mãos de criança.

Teus olhos rasgados pelo amanhecer

Têm mil histórias que contar e encantar

com a tua serena presença a marcar passo.

Dou por mim embevecido pelas tuas doces

palavras e de cada vez me sinto mais apaixonado

pelo teu ser aprazível com olhos de bem despertar.

Cândida tu és presente figura de meus dias

de solidão em que procuro o verbo advir

nos poemas que vou delineando na folha branca.

Só tu tens o condão e o dom de me alegrar

e fazer de mim um ser superior às minhas parcas

forças enquanto elevo teu nome aos deuses.

Amada és como mais ninguém neste mundo

pois és o jardim que eu semeei com as mais

luzidias e frondosas flores que aqui têm seu nascer.

És a minha namorada a musa desejada

que tem sempre uma palavra de carinho para

comigo e me inspira os mais ternos vernáculos.

Contigo atingi a felicidade que nem a distância

consegue impedir o que vai em meu coração

ao qual reparto contigo como todo o meu bem-querer.

Hierática senhora de meus sonhos mais escondidos

vais por mim como um pássaro pelo azul do céu

procurando a sua companheira e amante.

Doce criatura ouve este planger de poeta

que te diz mulher amada musa de meus

escritos mais profundos na rudeza dos homens.

E eu sou feliz assim contigo a meu lado

para onde quer que eu vá no mais alto de mim

soletrando o teu nome como num ritual preciso.

Vem amada fica comigo nesta noite

em que o silêncio é mais profundo e dolorido

mais do que é de machucar se estou sozinho.

Jorge Humberto

16/06/10

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 17/06/2010
Código do texto: T2324950
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