DUVÍDA

Vento frio nórdico que sustenta a minha poesia

Donde o verso se faz sortilégio sombrio e vazio

Nesta melancolia perversa que a duvída anuvia,

Duvída, se ainda quero sentir ou apenas desistir!

O copo de cristal, caído e partido sobre o chão,

Liquído deramado, reflexos de saudade e solidão

Espelhados nos pedaços dum coração inseguro

Que nada faz, apenas jaz na sua triste finalidade.

Pergunta insegura nesse receio escuro de saber

Se esse amor é cura ou tão somente desventura,

Entorpecente em tudo que veio e no que semeou

Mas doente e ausente no que foi e no que ficou

Salomé

"Ações e Reações" 2010

Salomé
Enviado por Salomé em 09/06/2010
Reeditado em 09/06/2010
Código do texto: T2310411
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