NAS MÃOS AÇUCENAS

Nas mãos açucenas, na boca uma rosa,

beijo presumido na distância…

roubaste-me os lírios e a prosa

que eu te quis deixar com elegância.

Nas mãos as tuas mãos a conceder,

o espaço que vai entre mim e ti,

amor é fogo que arde sem se ver

e eu que só te quero ao pé de mim.

Na fonte branca de pedras antigas,

teus pés descalços por sobre a erva,

fazem alusão a mil cantigas,

com o toque acentuado de Minerva.

Meu amor por ti não tem fim,

é um renovar a todo o instante,

e eu puxo-te para junto de mim,

para que de ti não me julgues distante.

Nos meus braços te acolho mulher,

menina e moça de meu coração,

se eu julgar o que ela quer,

intensa será a nossa paixão.

E tu acolhes-me em teu regaço,

no colo sempre protector,

e estes versos que aqui te faço,

falam de nós e de um grande amor.

Nas mãos açucenas, na boca uma planta,

jasmins e nardos a condizer…

que tudo aquilo que nos encanta

é o nosso testemunho: viver.

Jorge Humberto

06/06/10

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 07/06/2010
Código do texto: T2305295
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