Turbulência

Escrevo porque nada me resta,

Na verdade, nunca restou.

Sinto os ventos me fazerem rodopiar

Sinto o furacão que desabrocha.

Sinto o limiar,

Ah! Tolo de mim que sinto.

Os tremores de lá,

Agora sinto cá, e acolá.

A turbulência tomou-me

Sinto que vou cair,

Mas não tenho asas,

Tampouco seus braços...

Escrevo porque nada me resta,

Na verdade, restava algo.

Algo? O que há de ser...

Algo que agora,

O nó em minha garganta

Não me deixa falar:

- Havia a esperança...

Mas com a turbulência,

E a queda...

Ela morreu.

"Leiam minha apresentação: http://www.recantodasletras.com.br/cartas/2394709"

Le Vay
Enviado por Le Vay em 24/05/2010
Reeditado em 23/07/2010
Código do texto: T2277385
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.