Menino dos olhos verdes...
Eu não quero ir.
E não vou, menino dos olhos verdes.
Queria ficar, mas já é tarde.
Queria partir, mas já é cedo...
Não posso fugir do teu olhar.
E olhar-te me faz fugir.
Você é meu paradoxo.
Paradoxalmente, vivo contigo.
Constringido. Vivido.
Sem vida. Sem você, sem amor...
Queria saber, porque as horas não passam.
Porque teus olhos me olham.
Comem-me. Destroem-me.
Ah! Esses olhos verdes,
Olhos verdes nunca antes olhados.
Paradoxos. Volumosos.
Olhos oblíquos, nunca dissimulados.
Olhos de maresia. De maestro do amor,
Do amor que sinto. Da paixão que vive...
E revive todos os dias,
Dentro de mim. Uma paixão para mim,
E não para você, menino dos olhos verdes.
Amo-te. E sempre amarei.
Menino dos olhos verdes, conte-me uma coisa,
Coisa esta que sem saber, não poderei viver:
- Como pode? Você ter os olhos verdes?
Responde?
- É que Deus me mandou para você.
Não sei por que, só sei que ele mandou...
E seu serei. Sempre. Seu menino... Dos olhos verdes...
"Leiam minha apresentação: http://www.recantodasletras.com.br/cartas/2394709"