DA-ME UM ABRAÇO
Elegantemente caminhas o teu caminho
descontraída caminhas pela rua acima
trazes o cabelo solto qual asa de pássaro
preso na cidade que te viu nascer.
Deslumbrante irradias sensações abertas
ao vento que perpassa por entre as árvores
e murmura canções de amor e de bem-querer
conforme passeias a tua figura esbelta.
O sol rejuvenesce a cada passo teu e colore
o teu rosto de uma matiz principesca
mãos soltas assumem posições de bem-estar
e todo o teu corpo é essa rua que conquistas.
Uma água uma colónia fragrâncias soltas
de teu ser feminino deixam-me ébrio
dias e noites de silêncio onde só a tua presença
é fidedigna e a lua se ergue alta no céu.
Tens a cor dos dias primeiros e o poeta
exulta sua musa escrevendo-lhe um poema
menina e moça de meus encantos vou por
aí no teu caminho dizendo-te coisas aos ouvidos.
E tu sorris qual criança que não tem medo
de mostrar seus sentimentos nem as suas
fraquezas e forças de espírito quando eu me
aproximo demasiado de ti para te dar um abraço.
E é nesse abraço sem apertar que nós
comungamos e nos tornamos um só espaço
traz a luz de teus olhos para que eu os possa
ver e neles me perder indefinidamente.
Jorge Humberto
03/05/10