E o para sempre...

Levanto, tomo meu café –

Requentado – porque já não há mais pó.

Tomo meu rumo. Íris,

Olha pela janela e veja:

Uma luz e uma sombra,

Que se corroboram no céu, dá dó!

Continua a olhar, vida. Simples.

Tenha a sensação e sinta.

Como pode?

Sombra é sombra.

Luz é luz. Não podem se corroborar.

Formarem um espaço degradado,

Como, vós, filhos de Eva.

Tempo, tempo: estais aqui?

És mesmo, aquela faixa

- degradada -?

Tempo, tempo: sorri uma menina.

Como são felizes as crianças!

Olham o céu e não vêem,

Sombras e luzes, degradando-se!

Oh, que belo, fato que é dado.

Olho de novo, e vejo o novo.

Vejo o sol

Mas é engraçado, eu posso vê-lo...

Contudo, e mais que tudo

Fecho-me

Esperando que este momento passe,

Deixe de ser. E não é...

Porque em verdade:

Nenhum amanhecer,

Por mais que o vejamos,

Jamais, dura para sempre.

E o para sempre

Sempre,

E para todo o sempre:

Acaba...

"Leiam minha apresentação: http://www.recantodasletras.com.br/cartas/2394709"

Le Vay
Enviado por Le Vay em 30/04/2010
Reeditado em 23/07/2010
Código do texto: T2228600
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