E o para sempre...
Levanto, tomo meu café –
Requentado – porque já não há mais pó.
Tomo meu rumo. Íris,
Olha pela janela e veja:
Uma luz e uma sombra,
Que se corroboram no céu, dá dó!
Continua a olhar, vida. Simples.
Tenha a sensação e sinta.
Como pode?
Sombra é sombra.
Luz é luz. Não podem se corroborar.
Formarem um espaço degradado,
Como, vós, filhos de Eva.
Tempo, tempo: estais aqui?
És mesmo, aquela faixa
- degradada -?
Tempo, tempo: sorri uma menina.
Como são felizes as crianças!
Olham o céu e não vêem,
Sombras e luzes, degradando-se!
Oh, que belo, fato que é dado.
Olho de novo, e vejo o novo.
Vejo o sol
Mas é engraçado, eu posso vê-lo...
Contudo, e mais que tudo
Fecho-me
Esperando que este momento passe,
Deixe de ser. E não é...
Porque em verdade:
Nenhum amanhecer,
Por mais que o vejamos,
Jamais, dura para sempre.
E o para sempre
Sempre,
E para todo o sempre:
Acaba...
"Leiam minha apresentação: http://www.recantodasletras.com.br/cartas/2394709"