A LIBERDADE PARA AMAR

Eu sempre falei de uma liberdade só minha.

Incompreendido por muitos, que me contradizem,

A vontade é a liberdade da qual sempre falei:

A vontade que um dia você sente em ficar sozinho,

Em andar sem destino certo, comer sem hora marcada,

Dormir quando sentir necessidade ou vontade,

Sentar em uma esquina qualquer e sentir o vento a passar,

Contemplar o nada. E como é gostoso nada vê!

Curtir o azul do céu e a imensidão do mar,

Ver o verde das matas e sentir a terra sob a planta do pé,

Sentir o coração bater forte, apressado, a se contorcer...

Um sinal do amar... Oh! Terra, céu e mar,

O amor do amor. Que bom o mar para amar,

A terra para o repouso, o céu para o conforto da alma.

E o mar? Alem do amar, a imensidão desse mar:

Leva a minha jangada para alem do horizonte...

Onde curtiremos a profundidade do silencio.

Rio, 24/04/2010

Feitosa dos Santos