OUSADIA
Sob o meu corpo desnudado
O toque audacioso do amor,
Percorrendo cada trilha vendada
Nesse ofegante torpor que o clama...
É o afago libertino e ousado
Duma caricia livre que se propaga
No amplo do meu ser vivo,
Que no seu antro estremece por te querer
E se reveste do desejo que em mim falece
Nesta dança nua de corpo a corpo
Donde a vida é medida por um sopro,
Te querendo, te respirando e te amando
Nesse profundo sofoco do coração
Que suplica e implora as tuas mãos vadias
A me consumir nesta palpável sofreguidão,
Por os caminhos inconfundiveis dessa nossa ousadia...
Salomé
AS 2010 M