AMOR DESMEDIDO
É nos teus braços que quero sorver esse amor desmedido,
Longe de toda regra e medida, longe das lágrimas e da dor,
Me perder nesse verso vendado que desde sempre venero
E no eixo da tua ousadia que virou lei e minha eterna poesia
É na tua boca que quero outra vez colher o delírio da paixão,
Emoção que rege nas sombras dessa visão que me abastece,
Noite e dia, descompassando mas fomentando o meu coração
Nessa doce lembrança daquele beijo que não mais me esquece!
É no teu corpo desvendado, que quero cobrar-me do desejo
Que soubestes em mim verter no banquete dos teus almejos,
E nele decretar o meu nome na planície dessa nossa fascinação
Que hoje queima no antro dos nossos corpos em vã sofreguidão.
Salomé
“Diário de um Amor” ASM 2010