SEI DE MEU CORPO

Tenho os olhos rasos de água

pela saudade do que não vi,

saudades minhas e tuas

pelo que ainda não vivi.

Tenho uma lança de mágoa

do que eu sei ser e não fui

sou como o mar ao longe

que tudo leva e influi.

Sei de meu corpo uma corda

de forças, uma fogueira

acesa que arde entre mil sóis

e bem despertares

do que eu quero para nós

fogueira que arde sem se ver

no perpétuo amor do que eu sei

amor inventado que não posso ter.

E construo alegres cidades

e jardins suspensos no deserto

abraço de poeta que nos abraça

estando tão longe e tão perto.

Jorge Humberto

17/03/10

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 17/03/2010
Código do texto: T2143971
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