O amor, minha destruição
O amor é uma dor, uma confusão...
O amor é uma prisão,
A borda dos nossos sonhos...
Uma vontade de voltar,
Outra de partir
E uma de chegar,
O amor é uma perdição...
O amor é um juiz
O chefe dos nossos pensamentos
Alguém a nos condenar
A dizer que estamos errados
Que isso não está nos fazendo bem,
Uma vontade de chorar...
O amor é percepção, ilusão...
Uma raiz profunda no coração...
O amor é desordem
A divisa do velho e do novo
Nós diante de uma decisão,
Um poema sem fim
Desistir de permanecer
Uma vontade de ser
O que não estamos sendo,
Uma realização...
Recomeçar... Recomeçar...
Recomeçar?
Insistir no erro ou renascer?
O amor é uma dor
Que nunca vai acabar...
Amor é um pedido
E uma morte
Ama-me que eu morro para tudo isso...
É uma decisão...
O amor é a nossa destruição...
A nossa degradação
Nosso promontório está se desfazendo
Se tardamos
Não podemos nos adaptar,
Não nos reconheceremos...
O amor é um sonho a começar
Uma vontade de parar
De calar
De gritar
O amor é abstração...
Um vazamento no meu coração...
Um empurrão
Uma queda
Uma elevação
Nossa única salvação...
A minha condenação,
Amar, amar e amar,
Sem causa, sem motivo,
O amor, meu isolamento,
Minha crucificação...
O amor, a minha destruição...