O amor, minha destruição

O amor é uma dor, uma confusão...

O amor é uma prisão,

A borda dos nossos sonhos...

Uma vontade de voltar,

Outra de partir

E uma de chegar,

O amor é uma perdição...

O amor é um juiz

O chefe dos nossos pensamentos

Alguém a nos condenar

A dizer que estamos errados

Que isso não está nos fazendo bem,

Uma vontade de chorar...

O amor é percepção, ilusão...

Uma raiz profunda no coração...

O amor é desordem

A divisa do velho e do novo

Nós diante de uma decisão,

Um poema sem fim

Desistir de permanecer

Uma vontade de ser

O que não estamos sendo,

Uma realização...

Recomeçar... Recomeçar...

Recomeçar?

Insistir no erro ou renascer?

O amor é uma dor

Que nunca vai acabar...

Amor é um pedido

E uma morte

Ama-me que eu morro para tudo isso...

É uma decisão...

O amor é a nossa destruição...

A nossa degradação

Nosso promontório está se desfazendo

Se tardamos

Não podemos nos adaptar,

Não nos reconheceremos...

O amor é um sonho a começar

Uma vontade de parar

De calar

De gritar

O amor é abstração...

Um vazamento no meu coração...

Um empurrão

Uma queda

Uma elevação

Nossa única salvação...

A minha condenação,

Amar, amar e amar,

Sem causa, sem motivo,

O amor, meu isolamento,

Minha crucificação...

O amor, a minha destruição...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 08/08/2006
Reeditado em 14/08/2006
Código do texto: T212061
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