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Você chega à distância.
Menos palpável que a réstia de luz
que se atreve pela fresta.
Não tenho o toque, o cheiro, o calor...
Mas estás aqui.
Chegas até mim em palavras
que viajaram através de uma estrada de luz
limitada por fios, impulsionada por
componentes eletrônicos alheios à poesia.
É bom quando você chega
na tela branca de luz.
Mexe comigo.
É um reboliço leve no coração.
Sopro de vento num canto de floresta
suave, mas presente...
Chegas até mim em fotografia,
pintura moderna que congela seu sorriso
e eu juro inocente que é para mim,
só para mim, esse sorriso de lábios
feitos artesanalmente por Deus
para o meu beijo.