Eu sou Leilton Lima. Faço parte daquele grupo de homens que exercem a masculinidade sem medo de olhar as flores e cultivá-las na alma. Dou-me o direito de parar para contemplar um pôr-do-sol e o vôo livre dos pássaros. Estou convicto de que a lágrima que me molha a face, seja por dor, seja por alegria, não diminui a minha força de homem.
Gosto de compartilhar o toque, o carinho que não precisa de lugar ou hora para acontecer. Gosto de amores declarados em qualquer moldura, em qualquer superfície, em qualquer meio. Prefiro uma comédia romântica inteligente a ver a ação de músculos sem cérebro em festivais de sangue cinematográficos.
Escrevo, leio e pratico poesia. Já cultivei orquídeas. Já construí jardins. Já chorei na frente de estranhos. Já fraquejei ao tentar ser igual a todo mundo.
Faço parte daquele grupo de homens que não desistem nunca de amar. Já visitei o fundo do poço. Saí de lá com novos aprendizados e o coração aberto, pronto para uma nova semeadura de sentimentos, pois nem toda a dor do mundo pode ser mais forte que a felicidade de sentir o coração repleto de amor.
Não sou surfista de corações. Sou mergulhador. Vejo o ser humano como um oceano. Sinto-me irremediavelmente atraído pelo mergulho nas profundezas da alma. Acredito que é preciso enfrentar seus desafios e perigos para contemplar sua beleza em toda a plenitude.
Gosto de ver o sexo como uma poesia escrita com corpos, almas e corações. Gosto de ler os traços de poesia que o prazer desenha na delicadeza de um rosto de mulher.
Dizem que faço parte dos chamados “homens sensíveis”. Rótulos à parte, não tenho dúvida de que minha força, minha virilidade está justamente na capacidade desenvolvida de sentir... E de procurar viver de acordo com essa sensibilidade.