Poema luciânico nº1 ou Poema do silêncio
Desejava um amor de amante,
prestante, esparso em vida e em momento.
Lamento findo de coração errante,
capaz de em instantes deixar-me pleno.
Dele cantaria alegria ao mundo,
pondo em rumo versos vívidos e serenos.
Comporia também aos seus tormentos
canções e lamentos… amor profundo!
Ó, mas torturam-me as palavras em dor.
Sentimento desses não cabe dentro
de sílabas, pedaços surdos de rancor.
Quem me dera achar os versos mudos
mais findos do que puros.
Esses sim, falariam desse amor…