Poema luciânico nº1 ou Poema do silêncio

Desejava um amor de amante,

prestante, esparso em vida e em momento.

Lamento findo de coração errante,

capaz de em instantes deixar-me pleno.

Dele cantaria alegria ao mundo,

pondo em rumo versos vívidos e serenos.

Comporia também aos seus tormentos

canções e lamentos… amor profundo!

Ó, mas torturam-me as palavras em dor.

Sentimento desses não cabe dentro

de sílabas, pedaços surdos de rancor.

Quem me dera achar os versos mudos

mais findos do que puros.

Esses sim, falariam desse amor…

Gabriel Navarro
Enviado por Gabriel Navarro em 28/02/2010
Código do texto: T2112232
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