Pervertidos, nunca, jamais
Seremos eu e tu ou nós
Aspiro a tempos imemoriais
Observando–te às sós

Oh! Doce amada!
Tomo tuas delicadas mãos
Dentre as minhas.
Assento nelas um beijo respeitoso.

Oferto-te, meu amor,
Como terno relicário
Repleno de anseio.

Meu coração lateja,
Ao vislumbrar tua lívida fácies,
Teu vulto plácido
Como a afável pétala da rosa!

Primorosa percepção!
Enlevo, encantamento!

Suave afeto de minha existência!
Apreendo-te em meu pensamento.
Absorvo ao momento de coabitar contigo!

Sou teu inexaurível arrebatado,
Querubim de meu devaneio aurífero!

Consagro a ti uma alfombra de flores
Para auferir tua passagem,
Quando emanas à veemência de meus amplexos!

Amo-te mais do que possa proferir avelhantados saltérios!
És tu, meu valioso thesaurus,
Bendição majestosa, alocução matutina!

Anelo sorver teu ósculo divinal
Para amainar delicada volição
Desperta em meu cerne,
Quando meus olhos procuram o teu contemplar!