A INTERMINÁVEL AUSÊNCIA DE VOCÊ

Há em mim, em algum lugar guardado,

o aroma de um perfume raro,

um passo de dança complicado,

o sabor do melhor dos vinhos,

a nascente de todos os carinhos,

a paz de um tempo futuro,

a convivência possível, sem guerras,

um lugar sem muros ou fechaduras.

Há em mim, mas não consigo encontrar,

um quadro mais bonito que os de Monet,

um segredo mais terrível que o da coca-cola,

o por de sol de outono, visto da minha janela,

mais vida que em todos os recifes de corais,

a noite do meu primeiro beijo, escura e bela.

Há em mim muito mais do que se supusera pensar.

Há em mim, a me doer, a interminável ausência de você.

- por JL Semeador, em 29/10/2010 -

jlsantos
Enviado por jlsantos em 29/01/2010
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