NÃO VÁ MORRER AGORA

Não... não pode fechar os olhos

assim de repente.

Esse tum tum tum tum cadenciado

assim tão imponente,

que ressoa no corpo viciado...

na mente...não, não pode parar.

Essas mãos que se abriram antes

como flores de primavera

e que acariciaram corpos amantes,

não, não podem se postar em cruz.

Tênue, ainda resiste essa luz

feito lamparina atômica de agora.

Não...não vá embora.

Aguarde um pouco mais.

Planeje um último suspiro,

imagine uma partida longa de xadrez.

Um gole curto de xerex.

Não...não vá embora agora.

Quem sabe, o fim do mês?

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 04/01/2010
Reeditado em 04/01/2010
Código do texto: T2010510
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