MOVIMENTO PERPÉTUO

Num movimento perpétuo unimos nossas

almas. Por mil desventuras doutros soubemos

lidar, que a inveja e o rancor não moram em

nossos corações. A todos soubemos responder

com amor e um sorriso nos lábios e assim os anos

foram passando, sempre fortes no nosso querer.

Para muitos o nosso amor é inconcebível, ante a

sua grandeza, mas sempre soubemos rodear

esses maus presságios com a pequeneza dos

incapacitados, vivendo a par com seu ignóbil ódio

que os mortifica e os deixa a sós com sua vil

perseverança, que os afasta da lucidez e da luz.

De tudo já ouvimos, confidências de tidos amigos

serviram de arma de arremesso contra nós, tentando

que a desconfiança se instalasse, mas desenganem-se

que amor como este não há, vem até quem o procura

sem subterfúgios, completamente desarmados e com

um só coisa no coração: amor um pelo outro.

Com tudo isto aprendemos a seleccionar os amigos.

Os verdadeiros amigos, aqueles que ficam felizes

por mim e por ti e sentem orgulho nessa amizade

parte de nós como um todo. Para esses vai o nosso

sincero agradecimento, nosso ser amigo, vestido de

de estrelícias , essa flor rara como são os amigos.

E são passados dois anos e praticamente sete meses.

E assim há-de permanecer contra tudo e contra todos

quando o que só queríamos era paz entre todos. De

nossa parte a cada um desculpamos, senão não seriamos

felizes e realizados. Lamento profundamente que haja

quem viva com o mal dos outros. O gesto é convosco.

Vem amor, dá-me a tua mão de seda e caminhemos

juntos, para lá do sol posto e do sol nascente, lá onde

se guardam os segredos dos amantes e dos apaixonados,

que caminham em direcção ao horizonte, acompanhados

pelas gaivotas e as ondas do rio, como dois náufragos

que se buscaram um ao outro, na ilha dos amores.

Jorge Humberto

21/12/09

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 21/12/2009
Código do texto: T1989668
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