PELA FORÇA DO TEMPO

Pela força do tempo

aguardo o teu nome

aguardo o teu rosto

aguardo o teu corpo

aguardo a mim mesmo

Pela força do tempo

anseio teus olhos

anseio tua voz

anseio teus dedos

anseio a mim mesmo

Pela força do tempo

espero tua sombra

espero teus lábios

espero teus beijos

espero a mim mesmo

Pela força do tempo

aquilo a que chamamos amor

se dissipa

mas permanece o desejo

mas permanece o sonho

mas sobrevive a imagem de amar

e aguardo

e anseio

e espero

porque permancem em mim

as sensações contrárias e várias

os sonhos muitos e fundos

e o mar

Pela força do tempo

aguardo a palavra

anseio o poema

espero o verso

e aquilo a que chamamos amor

reaparece nas páginas soltas do poeta

e, então,

lembro o teu nome

lembro o teu rosto

lembro o teu corpo

lembro a mim mesmo

CAMPISTA CABRAL
Enviado por CAMPISTA CABRAL em 05/12/2009
Código do texto: T1962401
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